Jorge Alexandre Moreira
30 de ago de 20202 min
Hoje, no almoço, fiz lula. Não tirei nenhuma foto, então você vai ter que confiar em mim.
Depois de comer, limpei cada cantinho da pia, dos armários e do chão. A razão é uma história de terror contada por um amigo, anos atrás.
Estávamos fazendo lula e ele comentou sobre como o cheiro de lula podre é absolutamente insuportável.
Ele havia conhecido um cara que, na véspera de uma viagem, resolveu arrumar o congelador. Algo aconteceu com um pacote de lula, então. Não lembro se ficou em cima da geladeira, ou se caiu atrás dela, algo assim. O fato é que no dia seguinte, o cara viajou, o apartamento ficou sozinho e a lula ficou lá, esquecida, pronta para vingar sua própria morte e todos os moluscos pescados pela raça humana nos últimos mês.
Ninguém no prédio tinha o telefone do cara e a viagem demorou semanas.
Quando ele voltou, descobriu que a porta do apartamento tinha sido arrombada. Pelos bombeiros, chamados pelo síndico. As pessoas achavam que havia alguém morto no apartamento.
O fedor foi tão ruim e tão intenso - e por tanto tempo, até resolverem colocar a porta abaixo - que alguns móveis, como o sofá tiveram que ser jogados fora. O cheiro nunca mais saiu.
Não se engane com esses moluscos: ou nós ou eles.
Nesse mês, a Vozes do Umbral está dedicada aos mistérios do mar. O post de hoje foi para dar uma relaxada, sem fugir muito do tema.
Já tivemos a história do navio onde a tripulação foi encontrada morta, com expressões de horror nos rostos, casos em que tripulações desapareceram, deixando o navio em perfeito estado para trás e, a partir do próximo post, começamos a falar sobre o maior de todos os mistérios do mar.
Uma região de distúrbios eletromagnéticos, nevoeiros luminosos, falhas no tempo, estranhas aparições e muitos, muitos desaparecimentos de navios, aviões e pessoas.
Semana que vem, na Vozes do Umbral, os casos mais bizarros e inexplicáveis do Triângulo das Bermudas.