Hoje, no almoço, fiz lula. Não tirei nenhuma foto, então você vai ter que confiar em mim.
Depois de comer, limpei cada cantinho da pia, dos armários e do chão. A razão é uma história de terror contada por um amigo, anos atrás.
Estávamos fazendo lula e ele comentou sobre como o cheiro de lula podre é absolutamente insuportável.
Ele havia conhecido um cara que, na véspera de uma viagem, resolveu arrumar o congelador. Algo aconteceu com um pacote de lula, então. Não lembro se ficou em cima da geladeira, ou se caiu atrás dela, algo assim. O fato é que no dia seguinte, o cara viajou, o apartamento ficou sozinho e a lula ficou lá, esquecida, pronta para vingar sua própria morte e todos os moluscos pescados pela raça humana nos últimos mês.
Ninguém no prédio tinha o telefone do cara e a viagem demorou semanas.
Quando ele voltou, descobriu que a porta do apartamento tinha sido arrombada. Pelos bombeiros, chamados pelo síndico. As pessoas achavam que havia alguém morto no apartamento.
O fedor foi tão ruim e tão intenso - e por tanto tempo, até resolverem colocar a porta abaixo - que alguns móveis, como o sofá tiveram que ser jogados fora. O cheiro nunca mais saiu.
Não se engane com esses moluscos: ou nós ou eles.
Nesse mês, a Vozes do Umbral está dedicada aos mistérios do mar. O post de hoje foi para dar uma relaxada, sem fugir muito do tema.
Já tivemos a história do navio onde a tripulação foi encontrada morta, com expressões de horror nos rostos, casos em que tripulações desapareceram, deixando o navio em perfeito estado para trás e, a partir do próximo post, começamos a falar sobre o maior de todos os mistérios do mar.
Uma região de distúrbios eletromagnéticos, nevoeiros luminosos, falhas no tempo, estranhas aparições e muitos, muitos desaparecimentos de navios, aviões e pessoas.
Semana que vem, na Vozes do Umbral, os casos mais bizarros e inexplicáveis do Triângulo das Bermudas.
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